Doce intimidade

O vento batia em seus cabelos longos. Com os joelhos junto do corpo e os pés sobre a carteira, tinha o olhar atento.
De tempos em tempos, tombava a cabeça nos braços cruzados. Às vezes, delineava os fios de cabelo dispersos pelo vento.
De vez em quando, roía as unhas dos dedos mínimos da mão, tanto a esquerda quanto a direita. Seus gestos indicavam crítica, tédio e atenção com o que se passava à frente. Tudo ao mesmo tempo, agora.

autoria: Julio Simões – data: 04/10/06

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