Aos que vislumbram o novo e tem coragem de buscá-lo

Os bravos finalmente chegavam ao ponto mais alto do lugar. Dispostos hierarquicamente, todos carregam o desejo de conquistar e desbravar o interior daquela terra ainda selvagem. À frente, dois homens a cavalo abrem caminho para o restante da expedição. De um lado, o chefe português domava o animal com a experiência de um típico montador. Do outro, o guia indígena alertava para os perigos da traiçoeira trilha.
Logo atrás, o grupo formado por cerca de 20 corajosos trazia as riquezas recolhidas pelo caminho. Dentre eles, estavam índios, negros e portugueses, todos denunciados por detalhes característicos, como a presença da cruz em corpo nu nos nativos já catequizados e de barba nos europeus. Nas costas, o bando trazia a canoa tantas vezes utilizada para avançar pelos rios do interior, tudo em busca dos tesouros que ouviam existir, mas que ainda não haviam sido encontrados.
A união do grupo era visível, uma vez que a tarefa de invadir e conquistar não eram das mais fáceis. Mesmo os que estavam ali por punição ou aprisionamento pareciam estar dispostos a cumprir os objetivos, até para garantir a sobrevivência.
Só que naquele momento, o topo fora enfim alcançado. O desejado parecia estar perto, já que o esforço demonstrado indicava a proximidade da glória. Assim, direcionados no eixo sudeste-noroeste, os heróis bandeirantes seguiam em busca de um único sonho: o mundo novo.

autoria: Julio Simões - data: 09/11/06
[obs.: texto produzido para Português - um dos raros daqui que tiveram utilidade...]

Atualizado dia 21/11: E este texto impressionante-impressionista ganhou 10! Aê!

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