Highlights 2006 - Tudo de bom (e ruim) do ano

Tapete vermelho, flashs e gente bonita. Bem que este poderia ser o cenário desta premiação. Entretanto, o panorama é outro: estou sozinho por aqui, não há sequer um fotógrafo para tirar uma foto minha abraçado ao computador e não enxergo nenhum tapete por perto. Mesmo assim, com adversidades e pouca popularidade, apresento-lhes o prêmio Highlights 2006.

Antes de mais nada, é fato que listas pessoais fazem sucesso em blogs e na internet em geral. Sim, você quer saber o que os outros gostam ou pensam, seja por interesses obscuros ou pura curiosidade mesmo. Observando essa tendência, decidi preparar o que de melhor aconteceu na minha reles vida em categorias, umas sensatas, outras nem tanto.

Para não se extender mais e ficar parecendo aqueles artistas chatos que quebram climas de ceriomônia com discursos intermináveis, aproveito apenas para dar os créditos do nome do prêmio. O engenhoso termo pode não ter sido cunhado por ela, mas é utilizado com maestria por Lui Pécora, jornalista e blogueira das melhores. Sem permissão nem copyrights, pego-o para dignificar o prêmio.

Música :
- banda: Los Hermanos (cada vez mais a fusão entre rock e mpb deles me agrada)
- álbum: Skins and Bones, do Foo Fighters (a coletânea acústica da minha banda internacional preferida relembra só bons momentos do grupo de Dave Grohl: 10!)
- show: Funk como le gusta, no Sesc Pompéia (no meu ano "música brasileira", palmas para os reis da ginga)
- surpresa: retorno de Chico Buarque aos palcos - já era tempo!
- decepção: na falta de uma mais específica, elejo o fato de não ter ido ao show do Chico em São Paulo.
- revelação: Moptop (ouça "O rock acabou", vale a pena)

Filme :
- o melhor: Trem da Vida (engenhoso roteiro e boas atuações; melhor ainda se visto no vão livre do Masp)
- o pior: talvez não seja, mas fico com Obrigado por Fumar (simplesmente por prometer e não cumprir).
- menção honrosa: Os Infiltrados (porque não faziam um filme de máfia assim faz tempo...) e boa safra de brasileiros (destaque para O ano em que meus pais saíram de férias, Zuzu Ángel, Cinemas, Aspirinas e Urubus)
- melhor atriz: a pequena e cativante Daniela Piepszyk, a Hanna de O ano em que os meus pais saíram de férias.
- melhor ator: o experiente e impagável Jack Nicholson, o Frank Costello de Os Infiltrados.

Livro :
- o instigante: Abusado, de Caco Barcelos.
- o sonífero: Redescobrindo o Brasil, de Rebeca Kritsch.
- o desejado: um livro de mini-contos (que eu não sei o nome) e o novo do Luiz Alfredo Garcia-Roza.

Lugar :
- restaurante: Yellow River, comida chinesa (na alameda Santos, disponível nos planos ilimitado ou por quilo, baixo custo e atendimento cordial. Quer mais o quê?)
- rua: av. Paulista (por onde passo várias vezes ao dia e não me canso de admirar), com menção honrosa para rua Augusta (descobri em uma reportagem e a acho com a cara desta metrópole brasileira)
- barzinho: Geni (mpb + bom ambiente + amigos = boa pedida)
- passeio: concerto da Osesp na Sala São Paulo (vi 15 minutos do ensaio e já valeu a pena)

Futebol (porque esporte é muito abrangente):
- melhores momentos: Internacional e o mundo aos seus pés; menção honrosa para o Linense, agora na A-3.
- piores momentos: Atlético-PR eliminado por Adap, Volta Redonda e Pachuca.
- golaço: a bicicleta/voleio de Ronaldinho Gaúcho, menção honrosa para a "rapa" de Denis Marques na defesa do Paraná Clube.
- bola fora: Brasil na Copa do Mundo. Não requer mais explicações.
- assunto mais chato da crônica esportiva: Para onde vão Romário, Nilmar e Dagoberto?

Reportagens pessoais:
- a melhor: A primeira vez na Augusta, em parceria com Paula Rothman.
- a pior: cobertura de lançamento de camisas comemorativas de times brasileiros na Francal.
- a mais trabalhosa: Compro e vendo passes: o comércio ambulante de bilhetes de Metrô (pauta-relâmpago, uma das melhores coisas da faculdade até aqui).
- a mais engraçada: ambiente da estréia da Alemanha na Copa do Mundo, ao lado de alemães bêbados; menção honrosa para a do brasileiro desconhecido que corre motogp no Japão (detalhe: depois de meia hora na linha tentando compreender um dialeto nipo-brasileiro, descubro que ele não vai correr a prova importante - e tema da matéria. Por motivos óbvios, não foi para o ar).
- a que não fiz: entrevista com Mamma Bruschetta, personagem mítico da TV Gazeta, por problemas burocráticos.

Sei que podem ter faltado categorias e principalmente itens delas, mas paciência. Isso se aperfeiçoa com o tempo. E tomara que eu tenha outros anos de blog para poder reeditar essa premiação, tão gloriosa quanto trabalhosa. De resto, falta desejar ao intrépido leitor e à simpática leitora um feliz ano novo, com amor, saúde e felicidade - que é, convenhamos, resultado dos outros dois. Se 2007 repetir 2006, para mim já vai estar bom demais. Até lá, então!

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