Mulheres super-poderosas

A sala ainda estava se acalmando quando ela chegou. Morena, alta e fina, andava em cima de um salto que seduzia só com seu ritmado toc-toc. Desviou das cadeiras mexendo a cintura com elegância, sentou-se e abriu o caderno. Nesse percurso, a sala inteira parou para observar a nova musa. Os meninos entortaram o pescoço de leve, enquanto as meninas disfarçaram o ódio olhando de soslaio. Naquela hora, a Terra girou mais lenta e os segundos demoraram a avançar.

A cena descrita acima, embasbacado leitor e revoltada leitora, é o efeito causado por elas, as mulheres super-poderosas. Para muitos, elas são o maior sonho de consumo e, ao mesmo tempo, o maior receio em forma de mulher. Afinal, não se sabe qual será a reação dela a qualquer comentário seu. Ao mesmo tempo em que elas podem simplesmente sorrir e fazer seu dia mais feliz, também podem franzir a testa e riscá-lo de vez de sua lista de contatos.

Mais do que isso, elas parecem não ter coração. Alguns arriscam em dizer que elas não são reais, apenas mais uma criação da televisão. Porém, há relatos de aparecimentos de mulheres-superpoderosas em alguns lugares do globo. E outra: para elas, os recursos masculinos de "flores, bombons e palavras bonitas" parecem não ter efeito. Em suma, só os verdadeiros escolhidos por elas podem alcançar a glória. Não basta saber dançar ou tocar violão. Precisa ser "o" escolhido.

Enfim. Talvez conquistar ou simplesmente ter uma mulher dessas seja mais difícil do que ganhar na Mega Sena, ser atingido por um raio dentro de um carro, fazer uma moeda cair em pé depois de jogar para cima, passar no vestibular de medicina ou cair do sétimo andar e sobreviver. Ainda não sei, mas suspeito que seja.

Velhos amigos

Confesso que não foi apenas o olhar, as emoções e as ações do personagem Léo, brilhantemente interpretado por Dan Stulbach, que me fizeram praticamente venerar a minissérie global Queridos Amigos. Desde que ela entrou em cartaz (sim, porque está mais para um belo filme do que uma mera novela) eu comento com todo mundo quando posso.

Tenho certeza que também não foram apenas as boas interpretações de Matheus Nachtergaele (como o comunista Tito) ou Bruno Garcia (como o barbudo escritor Pedro Novais) que me fizeram querer estar à frente da televisão em quase todo fim de noite, após mais um capítulo do monótono Big Brother Brasil.

Na verdade, o que me fez gostar tanto da trama foram, sim, os queridos amigos. Perdão pela tentativa infâme do trocadilho, mas foi isso. O fato de Léo sonhar com a própria morte e passar a buscar obsessivamente viver mais próximo dos antigos amigos, tentando reconciliá-los e fazendo com que eles também se valorizassem mais, é que me fez chegar aqui.

A primeira coisa que eu pensei quando vi o primeiro capítulo, que você pode conferir lá embaixo, foi nos meus antigos amigos. Alguns deles eu conheço desde quando eu nasci, praticamente. Outros, fui agregando ao longo da vida. Todos eles tem um peso especial para mim, e me fazem praticamente "mover montanhas" para encontrá-los.

Um deles se formou em engenharia ambiental no começo deste ano e eu vejo pouquíssimas vezes, muito por conta das minhas raras visitas à cidade que por anos serviu como cenário de nossas vidas, mas também pela distância dele da terrinha. E este também é o motivo que me afasta de outros grandes amigos, como o que faz relacões internacionais, o que faz agronomia e do que já se formou em ciências contábeis.

São eles quatro, somados a outras figuras importantes cuja referência não será feita por mera falta de espaço, que me vieram a cabeça quando a minissérie começou. As reflexões, então, foram inevitáveis. Até quando vou ter notícias deles, se cada vez mais eu me afundo em compromissos e responsabilidades, assim como eles também nas suas obrigações? Até quando eu vou ter pique para fazer o possível para revê-los? Não sei, infelizmente.

Agora pense você nos seus. Isso, seus amigos de longa data, aqueles que, por força do destino, você precisou deixar. Não é triste saber que você não terá nada além de notícias vagas deles? Eles vão se mudar de cidade, trocar de emprego, trabalhar com coisas que você provavelmente não trabalharia, casar, ter filhos. E você, que também vai passar por tudo isso, só ficará sabendo bem depois. Vai se sentir bem por um instante, por eles, mas logo em seguida volta a ser sozinho.

Triste, eu sei. Agora pense adiante. Você tem amigos hoje, convive com eles quase diariamente, vive coisas maravilhosas e memoráveis a todo momento. Só que um dia os vínculos se quebram, vocês são obrigados a parar de conviver no mesmo ambiente, geralmente porque o que faziam em comum se encerrou. Aí começa tudo de novo. Enfim. Será preciso estar perto da morte para tentar ter novamente os velhos amigos por perto? Será esta a condição de todos nós?

Mãe é mãe

Da série "Tem coisas que só sua mãe faz por você".

Cena 1 (no sofá da sala)
- Mãe, você acha que eu estou meio gordinho?
- Hum... gordinho? Não, acho que você tá forte.

CORTA!

Cena 2 (na cozinha)
- Filho, você vai voltar pra cá quando se formar, é?
- Não, mãe. Fazer o quê aqui?
- Ah, sei lá. Trabalhar?
- Com jornalismo?! Em Promissão?!
- É, ué...
- Mãe!

CORTA!

Post dedicado à sincera Euny Silvestre Simões. Obrigado, mãe!

7list: Na cabeça

O 7list (pegou a sacadinha?) é a nova seção quase fixa do Despojo e será dedicada à música - pelo menos à princípio. A intenção é listar sete músicas ou artistas e explicar, se possível em sete linhas, o porquê daquela música estar ali. Neste caso, as músicas desta primeira edição não terão nenhuma ligação entre si, apenas o fato de serem as mais ouvidas por mim nos últimos tempos. Enjoy!

1. The Wombats - Let's dance to Joy Division

Biologicamente, Wombats são marsupiais da Austrália - salve Google! Musicalmente, são um power-trio de Liverpool que faz um som parecido com Kaiser Chiefs e Bloc Party (só para citar duas bandas), ou seja, um roquinho moderno, aparentemente sujo e com pitadas eletrônicas. Parece uma descrição que se encaixaria em outras cinco mil bandas novas? Talvez. Agora, alguém pode me explicar porque eu tenho gostado tanto deles a ponto de assoviar Let's Dance to Joy Division?

Quem? The Wombats
Quando? Desde 2003
Onde? Liverpool, Inglaterra
Como? Conheceram-se na Liverpool Institute of Performing Arts (LIPA), escola de artes fundada por um tal Paul McCartney.
Por que? Só o fato deles viajarem uma turnê toda pela Inglaterra nesse carrinho seria o suficiente para classificá-los como uma banda legal. Mas eles fazem um bom som, acima de tudo.

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2. Toranja - Musica de filme

A música portuguesa, pelo menos para a maioria dos brasileiros, vai pouco além do gajo Roberto Leal. Pois cá estão Toranja para quebrar esse estigma. Apostando no rock com letras sensíveis e bem construída, tudo aliado a sonoridade suave e firme ao mesmo tempo, o quarteto português é destaque na terrinha e até aqui, em além-mar. Os gajos estiveram no país tropical em 2006 para tocar com o Los Hermanos - a sonoridade é semelhante e ambos tiveram Kassin como produtor musical.

Quem? Toranja
Quando? 2003-2006 (pausa por “tempo indeterminado”, tal qual Los Hermanos)
Onde? Lisboa, Portugal
Como? Os Toranja, como são chamados, gravaram o primeiro CD (“Esquissos”, que em português de Portugal é sinônimo de esboço) com o intuito de manter a essência. Com o sucesso, gravaram o álbum mais maduro da curta carreira, intitulado “Segundo”. Tempo depois, apesar do sucesso, decidiram parar por “incompatibilidade” (alguém falou Los Hermanos?).
Por que? As letras são geniais, bem sacadas. A sonoridade é um rock que intercala romance e peso. Mas o bom deles mesmo, admito, é o sotaque português, ó pá!

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3. Cake - Sad songs and waltzes

O fato de ter começado em 1991 faz do Cake uma banda veterana – afinal, lá se vão quase 20 anos de carreira! Porém, existe algo na música dos caras que os torna únicos. Seria a junção de guitarras ora simples, ora frenéticas com os arranjos dos metais? Seriam as melodias gostosas? Seriam as letras debochadas? Não sei, mas acho que deve ser a personalidade única. Enfim, desde então foram inúmeras trocas de membros e cinco álbuns de estúdio, sendo Fashion Nugget (1996) a minha indicação.

Quem? Cake (mais escrito em maiúsculas: CAKE)
Quando? Desde 1991
Onde? Sacramento, Estados Unidos
Como? Cansado de ser guitarrista de “aluguel”, John McCrea decidiu se mudar para Los Angeles e fundar a Cake, que na verdade era formada apenas por ele e durou um show nessa formação. Depois, de volta a Sacramento, decidiu recrutar alguns amigos para a missão. Da formação inicial, apenas o trumpetista Vince di Fiore segue na banda.
Por que? Só pelo fato de unir funk, pop, jazz, rap e country numa melodia só – e tão bem! – já é suficiente para me fazer gostar.

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4. Mallu Magalhães - Tchubaruba

Eu nasci em 1986, logo tenho 21 anos. Ela nasceu em 1992, logo tem 15 anos. Eu toco violão há seis anos, mas nunca fiz uma melodia decente sequer. Ela toca violão há seis anos, mas já é uma promessa do folk rock nacional. Ela é Mallu Magalhães, uma menina que cursa a primeira série do ensino médio, gosta de gente do calibre de Bob Dylan, The Beatles e Johnny Cash e estourou após gravar quatro músicas próprias em estúdio, com o dinheiro do aniversário de 15 anos. Só isso já valia conferir suas composições ensolaradas.

Quem? Mallu Magalhães
Quando? Desde 2007
Onde? São Paulo, Brasil
Como? No seu último aniversário, em 29 de agosto de 2007, a pequena Maria Luisa de Arruda Botelho Pereira de Magalhães pediu dinheiro ao invés de presentes e gravou suas quatro composições, todas em inglês. Desde então, faz shows em casas noturnas conceituadas da capital. Só que tudo antes da meia-noite, claro, afinal ela tem só 15 anos.
Por que? Pela audácia, pela música simples e cativante, e pela inteligência que parece ter.

MySpace - Wikipedia - Reportagem G1

5. Weezer - Perfect Situation

O que esperar de uma banda cujo vocalista cursa literatura inglesa na famosa Universidade de Harvard? Alguma música clássica? Não. O nerd Rivers Cuomo, fundador do Weezer, contraria isso e faz um punk rock clássico: guitarras enérgicas, músicas simples e ritmos cativantes. Alguém até pode acusar o Weezer de parecer um pouco adolescente demais para a idade dos músicos. Sim, mas e daí? Quem nunca teve vontade de prolongar sua fase adolescente? Para isso, o Weezer parece ser uma boa trilha sonora.

Quem? Weezer
Quando? De 1992 a 1997, quando deram um tempo. Voltaram em 2000 e ainda estão na ativa.
Onde? Los Angeles, Estados Unidos.
Como? O quarteto se reuniu pela primeira vez em 1992. Tocaram em pequenos clubes, lançaram o primeiro disco dois anos depois e estouraram com Buddy Holly e Say it Ain't So. As trocas na formação e o lançamento de um álbum bastante criticado (Pinkerton), porém, os fizeram repensar a carreira. Após três anos de pausa, lançaram três albuns. Em 2005, tocaram pela primeira vez no Brasil - detalhe: só em Curitiba.
Por que? O ritmo da banda é o que mais me cativa. Além do som, o fato de ser um bando de nerds tocando guitarra também me chama a atenção.

Site oficial - Myspace - Wikipedia

6. Matt Costa - Mr. Pitful

Apesar do sobrenome, ele não é nem português e nem brasileiro, mas sim norte-americano (a família tem origem portuguesa). Faz um folk-rock à la Jack Johnson, de quem é amigo, mas não tão violão-voz baixinha. Para começar, vale ouvir a cativante Mr. Pitful. O curioso é que o músico já esteve no Brasil no fim de 2007, quando tocou sem muito alarde em São Paulo, Rio e Florianópolis. Talvez o fato de fazer parte da turnê de outro amigo, Donovan Frankenreiter, tenha ofuscado sua passagem pelo país.

Quem? Matt Costa
Quando? Desde 2003
Onde? Cypress, Estados Unidos.
Como? Tudo começou com uma trágedia. Matt Costa era skatista profissional até 2003, quando sofreu grave acidente e precisou ficar parado por um ano e meio, tempo em que passou a se dedicar à musica. Em 2005, lançou seu primeiro CD e excursionou com Jack Johnson, com quem gravou Lullaby, faixa do CD do filme Curious George. Em 2007, além da turnê pela América do Sul, também gravou uma música exclusiva para uma campanha de proteção aos ursos polares.
Por que? Não há outra resposta para ter gostado dele a não ser por Mr. Pitful. De resto, parece ser mais um cantor californiano normal.

Site oficial - Myspace - Wikipedia

7. Ira! - Mariana foi pro mar

Todo mundo conhece o Ira!, logo a banda paulistana que completou 26 anos de carreira (!) em 2007, ano em que anunciou seu fim, dispensa apresentações. A questão é essa música, Mariana foi pro mar, do último e derradeiro álbum Invisível DJ. Há tempos eu não ouvia uma música com letra tão engenhosa e ritmo coerente. É meio folk, daqueles que você bate o pé para acompanhar o ritmo. Enfim. O fato é que, queira ou não, a voz rouca e forte de Nasi e o talento de Edgard Scandurra na guitarra já fazem falta.

Quem? Ira!
Quando? 1981-2007
Onde? São Paulo, Brasil
Como? Sim, eles eram amigos no começo. Influenciado pela situação política da época, Edgard juntou-se ao amigo Dino e a um sujeito de roupas estranhas que também estudava no mesmo colégio para formar uma banda. Era Nasi, que virou amigo e vocalista do Ira (inspirado no Exército Republicano Irlandês, ainda sem !). Um ano depois, começaram a fazer o sucesso que os manteria na estrada por mais de 20 anos. Em 2007, Nasi brigou com o irmão e empresário e ainda viu o pai pedir sua internação alegando loucura. Agora, seus integrantes seguem em projetos paralelos.
Por que? A voz de Nasi + as guitarras de Edgard Scandurra = melhor rock paulistano já produzido.

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Eu vou salvar o Juventus!

Acabo de chegar da Rua Javari, na Mooca, onde assisti a mais um jogo do Juventus. O Moleque Travesso voltou a vencer após sete rodadas - bateu o Paulista de Jundiaí por 2 a 1 num jogo sofrido - e eu já começo a acreditar que é por minha causa.

Nas quatro vezes em que vi o time no estádio Conde Rodolfo Crepi, lugar que eu adoro ainda mais cada vez que vou, o time venceu ou empatou. Primeiro, foi o empate sem gols com o Democrata-MG pela rodada de abertura da Série C do Campeonato Brasileiro do ano passado.

Depois, foi a heróica vitória sobre o Linense (neste dia, excepcionalmente, estive na torcida adversária) pela Copa FPF, já este ano. Na seqüência, acompanhei outro empate sem gols com o Barueri, num domingo de manhã em que estava de folga.

Isso sem contar a vitória sobre o Santos, em partida disputada em Santo André, em que tive o prazer de descer os elevadores do estádio - fui a trabalho! - com o presidente juventino Armando Raucci. O simpático dirigente era só alegria e sarro pra cima do santista Émerson Leão.

Enfim. Por essas e outras é que eu cheguei a conclusão de que preciso salvar o Juventus do rebaixamento à Série A-2 do Campeonato Paulista. O time está em 16º lugar (graças à vitória de hoje), mas ainda está muito ameaçado.

Por isso, já estou cogitando comprar minha camisa do Juventus (R$25 a extra-oficial, toda grená e com o símbolo pequeno no peito; ou R$20 a pirata, com a típica frase "Mooca é Mooca" nas costas) e voltar à Javari novamente no dia 26, para o jogo com o Rio Preto. E isso porque eu nem falei dos maravilhosos canoles de chocolate e creme...

Controle de qualidade

Numa cama qualquer, numa noite qualquer, duas vidas quaisquer.

- Ah... ah... ah... ooooooooooooooooooooooooooooooooohhhhhhhhhh!
- Uhf.
(...)
- Ai amor, você foi ótimo.
- Ah, linda. Graças a você, né?
- Ah, estou tãããããããããão leve!
- Então aproveite e complete isso aqui para mim, querida.
- O que é isso, hein?
- Leia.
- Mmm... “Controle de qualidade: escreva abaixo o que quer melhorar em nosso atendimento ou em algum produto específico”
- Isso mesmo.
- O que é, hein amore?
- Ué. Um formulário de “Como estamos atendendo”.
- E daí?
- E daí que eu acho importante ter uma resposta daqueles que me usam.
- Tem mais alguém te usando, amor?
- Não, linda. É só para eu melhorar como pessoa. Sabe como é a concorrência hoje em dia, né?
- Sei, sei...
- Escreve, vai. Escreve o que você quiser, pode fazer críticas!
- Mas...
- Escreve, por favor. Preciso saber o que você pensa de mim!
- Mas eu já disse, meu amor. Não tenho do que me queixar.
- Ah, deve ter sim. Pense! Toalhas molhadas na cama, roupas jogadas no armário, latas de cervejas espalhadas pelos cantos, o jardim que eu nunca cuido. Vai!
- Não, amore... vem cá, vem, deixa esse formulário pra lá.
- Não, claro que não!
- Ah, é? Então tá bom. Dá aqui esse papelzinho. A caneta também, vai.

Controle de qualidade
Escreva abaixo o que quer melhorar em nosso atendimento ou em algum produto específico:

Só quero que você vá tomar no cu.


- Amor!
- Ooooi? (risos)
- O seu pedido foi negado pela direção do estabelecimento.
- Ah é, é? E o que o gerente vai fazer, hein?
- Nem te conto. Vem cá, vem...

Por Julio Simões, em 13 de fevereiro de 2008.

Fazer o quê?

Segundo a Wikipedia, moratória "consiste no ato unilateral de um Estado declarar a suspensão do pagamento dos serviços da sua dívida externa".

Já uma pesquisa rápida no Google indica que o preço de um rim é superior a US$ 100 mil.

De duas, uma. Não há como não pensar nessas coisas quando as contas - só de telefone, meudeusdocéu! - chegam à bagatela de R$ 270.

* Quer ajudar? Doe dinheiro ou vote na enquete ao lado. Deus lhe pague.