Novo jornalismo, velho medo

Em março, comecei minha pós-graduação em Jornalismo Literário. Para quem não sabe, Jornalismo Literário (ou só JL) é uma forma de fazer reportagem com foco em personagens e histórias, usando a descrição e a narração como ferramentas. Pois bem. Amanhã, dou o primeiro passo prático no maravilhoso mundo do JL - o trabalho-pauta inicial, sobre o qual conto outro dia.

Porém, ainda carrego uma grande insegurança jornalística comigo, a mesma desde que comecei a faculdade, cinco anos atrás. Confesso: não sei se, durante uma entrevista, é melhor anotar, gravar ou apenas ouvir o personagem.

Tenho problemas em anotar por conta da baixa velocidade da minha letra e da incapacidade de resumir. Já ouvir requer superar outra limitação: a da memória - e superar o medo de perder algo importante não é fácil, viu! Agora, usar um gravador seria a minha solução... se não inibisse o personagem (e em JL é necessário captá-lo na essência) e não fosse um saco fazer a transcrição depois!

Se tomarmos como exemplo os grandes ícones do JL, como Gay Talese e Truman Capote, fica ainda mais difícil saber o que fazer. Afinal, ambos anotavam poucas coisas durante a entrevista, deixando para lembrar e registrar tudo o que conseguissem mais tarde, quando estivessem sozinhos. E eu, como será que eu faço? Ainda não sei.

A caixinha de surpresas

O técnico são-paulino Muricy Ramalho deu uma de Pelé e previu a final do Campeonato Paulista. "Será entre São Paulo e Palmeiras", profetizou. Só que o Palmeiras perdeu para o Santos e o São Paulo para o Corinthians, com gol e passe de Ronaldão - cada dia mais eu admiro esse cara. Boa, garoto.
---
Incrível como é verdade: "tem coisas que só acontecem com o Botafogo". O time alvinegro venceu o primeiro turno do Campeonato Carioca e chegou a final do segundo, podendo sagrar-se campeão caso vencesse. Perdeu. Agora, volta a enfrentar o mesmo algoz de hoje, o Flamengo, em duas finais. Não estranharia se perdesse...
---
No Rio Grande, o Inter não está nem aí com a indefinição do treinador do Grêmio (o último nome cotado é o argentino Alfio Basile - já já o time se oferece para disputar o Clausura) e vai ganhando o Gauchão. Hoje, atropelou o Caxias por 8 a 1. Não acompanhei, não sei se teve alguém expulso, se algum gol foi ilegal, mas mesmo assim alguma coisa me diz que, com isso, o Inter entra como favorito no Brasileirão.
---
Já no Paraná, meu Atlético Paranaense fez um esforço tremendo para entregar as vantagens conseguidas pelo  exdrúxulo regulamento do Estadual, mas mesmo assim o Coritiba conseguiu ser maior ao perder neste domingo para o quase lanterna Iraty, deixando a decisão para a semana que vem. Ou seja, o título parananense, que há tempos não pintava na Arena, pode vir em um Atletiba. Se Deus quiser!

Novo layout

Simples, modesto e mantendo as tradicionais cores verde, azul e branco. Gostei. E vocês?

Uma pergunta para... Carlinhos Santos

Não sabe quem é Carlinhos Santos? Não? E o P.O. Box, banda de axé pop famosa começo do século XXI? Não também? Agora vai: e a música Papo de Jacaré, que embalou algum verão passado? Se não funcionou com o nome, aí vai o vídeo. Eu sei que você conhece, eu sei.



Pois descobrimos Carlinhos Santos no Twitter (@carlinhossantos) e o entrevistamos para o “Uma pergunta para...”, nova seção preguiçosa do blog.


  1. Julio Simões
    juliosimoes meudeus, olha só: até o vocalista do P.O. Box (lembra? papo de jacaré? verão'99 feelings?) tem twitter! @carlinhossantos (via @sms2blog) from twhirl

  2. Carlinhos Santos
    carlinhossantos @juliosimoes Sim Julio sou eu mesmo, atualmente sou vocal da dupla Bruno e Marrone. Abs from web in reply to juliosimoes

  3. Julio Simões
    juliosimoes Q beleza, @carlinhossantos! Mas e a banda, acabou? from twhirl

  4. Carlinhos Santos
    carlinhossantos @juliosimoes A banda continua, mas sem a mídia, fica difícil decolar, então ao mesmo tempo fazemos trabalhos paralelos. Abs e Fique com Deus from twhirl in reply to juliosimoes
-- this quote was brought to you by quoteurl