Ela tinha o andar elegante de uma velha modelo, embora nunca tenha sido nem velha, nem modelo. O que dava charme à moça de pouco mais de 20 anos, porém, não era apenas o andar, o florido vestido, a bolsa estendida no braço esquerdo e a sandália que exibia a delicadeza dos pés. Eram os longos fios de cabelos ruivos.
Não havia como negar que o fato dela ter o cabelo de cor entre o vermelho fogo e o laranja fruta era o que chamava a atenção. O jeito de olhar era outro destaque. Nem tão direito, nem tão disperso. Sexy, quando possível. E a boca? o que dizer da boca? Os lábios dariam um capitulo à parte caso ela fosse um livro. Se fosse, seria um daqueles romances açucarados, com certeza.
Piiiiiiiii. O som do elevador alcançando o andar o fez parar de descrever mentalmente aquela desconhecida. Antes de sair, ela ainda olhou para trás, como quem tivesse ouvindo toda aquela ode e agora agradecia. Desceu ela, ficou ele. E Ricardo pensou como era ruim ser apenas um sonhador...
Por Julio Simões, em 29 de maio de 2008.
(nossa, novo layout... faz mesmo tempo que não entro aqui)
ResponderExcluirbeijo
Eu adoro observar e imaginar histórias para desconhecidos...
ResponderExcluirbeijo!