Mas já?

Como diz o ditado, a primeira vez a gente nunca esquece. Nem mesmo o primeiro dia na primeira faculdade. Afinal, aquela manhã de fevereiro de 2005 no prédio 900 da Avenida Paulista, quando quase todos ainda eram adolescentes recém-saídos da escola ou do cursinho, sem qualquer noção do que seria a vida acadêmica, certamente ficou registrada em cada um de nós.

A partir desta lembrança já bastante remota, que cada um deve ter recuperado neste momento, é possível começar o balanço do quanto foi possível evoluir em quatro anos como aluno da Faculdade Cásper Líbero. Em números quase exatos, porque jornalista insiste em não saber fazer conta, foram 1.398 dias e 33.552 horas desde a divulgação da lista de aprovados em primeira chamada do vestibular 2005 até o último dia de aula do quarto ano de Jornalismo. Porém, na prática, foi muito mais que isso.

De lá para cá, aprendemos a profissão tanto dentro das salas de aula e dos laboratórios quanto fora deles, nos corredores e nas redações em que estagiamos durante este período. Conhecemos pessoas que foram nossos colegas de sala e agora, oficialmente, de profissão. Alguns se tornaram diferenciados e farão parte do resto de nossas vidas, enquanto outros serão reencontrados ao longo do caminho. Assim também será com os professores, que durante estes quatro anos nos direcionaram e agora poderão ser colegas de trabalho.

É nesse momento que, como dizem, passa um filme da vida na cabeça. As aulas teóricas do primeiro ano, por vezes sem muita emoção, mas que deram noções de sociologia, antropologia e teoria da comunicação aos alunos recém-saído das fraldas; as primeiras aulas práticas do segundo ano, tão ansiosamente aguardadas, como rádiojornalismo; o terceiro ano do aprofundamento, com o reforço de matérias já dadas e outras novidades, como jornalismo básico e legislação, respectivamente; e, por fim, o quarto ano, em que não se fala em outra coisa a não ser o TCC.

Parece muita coisa, é verdade, mas foi pouco. Para mim, especificamente, a faculdade passou voando. Andar pelos corredores acanhados do prédio e conhecer pouca gente dá a noção exata de que eu estou ficando para trás. Por outro lado, é preciso reconhecer que uma nova fase da vida virá, e que para isso será preciso deixar essa para trás. Enfim. O espaço para expressar o fim é pequeno, mas a saudade já é grande.

1 comentários:

Carolina Maria, a Canossa disse...

Também tive essa sensação. E o mais aterrorizante é descobrir que o primeiro ano pós-Cásper passa voando mais rápido ainda.