Eu sinto um frio que não sei explicar. Talvez seja a janela que não está aberta. Talvez seja o ar condicionado que não funciona desde 1995. Não sei. Vem um vento frio, daqueles que atingem a Argentina de tempos em tempos, especialmente no inverno.
Um vento que parece focado em mim. Apenas eu sinto frio! Me encolho na poltrona, olhando a televisão desligada. Em segundos, me pego num labirinto, de paredes altas e forradas de plantas - trepadeiras, acho. É tudo muito grande, vazio, dramaticamente silencioso.
Eu corro nu, para lugar nenhum. Não acho a saída, mas encontro as extremidades. São quatro, todas fechadas, sem solução. Depois de horas, a imagem turva e eu caio. Acordo sete dias depois, ainda na poltrona. A campainha toca. Deve ser o jornal, penso.
Leve desespero
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
ó só! foi algum sonho que te inspirou?
e, tem continuação? pense nisso. o cenário é bom, bastante onírico, ou então simbólico. ou haverá outra interpretação do autor?
De repente ao invés do jornal, é o calor. Abra a porta e veja, depois escreva - nos conte.
Beijo.
Postar um comentário