Eu me drogo para escrever. Sim, às vezes eu vou até a cozinha, pego o pó escondido no armário e não sossego enquanto não estiver pronto. Outras vezes eu nem chego em casa e recorro a esta droga em qualquer boteco que tenha o bagulho lá no fundo.
Não é fácil, sabe? Nem sempre a procedência do material é boa, ainda mais porque é complicado distinguir se a origem é a Colômbia ou o interior de São Paulo mesmo. Tudo bem, não tem problema. Eu não vou deixar de consumir por causa disso.
Mas ai de quem não colocar o café na minha xícara personalizada quando eu for escrever... Eu fico puto.
Ossos do ofício
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