André sempre foi bom em criar boas histórias. Fantásticas ou não, sempre teve o dom do "começo, meio e fim".
Quando pequeno, a mãe costumava dizer que elas eram mentiras - a não ser as que envolviam dragões e princesas, que eram óbvias.
Quando moço, as moças costumavam dizer que elas eram falsidade - as que envolvessem amor, talvez fossem mesmo.
Quando adulto, os amigos do trabalho costumavam dizer que eram uma forma de persuasão - ao menos algumas serviam para convercer terceiros.
Um dia, porém, André parou de criar boas histórias. As poucas que criava eram ruins - "uma bosta", definia - e elas ainda o fizeram sentir uma coisa nova.
Barriga? Não, preguiça mesmo. Desde então, é raro quando ele profere uma história. E quando acontece, quase sempre vira bolinha de papel.
André e o tempo
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2 comentários:
Tem histórias que merecem mesmo virar uma bolinha de papel.
E, no fundo no fundo, tem vezes em que é até melhor não conseguir escrever uma história ou traduzir algo. A ingenuidade é a melhor das virtudes, diria alguém.
O que interessa mesmo é que o Ira! ganhou a enquete! Que, aliás, não acabava nunca...
Ganhamo, porra!
:)
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